Pular para o conteúdo principal

Morre primeira "vereadora" de Belo Horizonte

Helena Greco
Alzira Soriano
O jornal Estado de Minas publicou hoje a morte da primeira vereadora mulher de Belo Horizonte, Helena Greco, que aos 95 anos deixa uma história de lutas pelos direitos humanos e das mulheres. Ela foi vereadora durante 10 anos, de 1982 a 92 e foi idealizadora de entidades como a Coordenadoria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de Belo Horizonte, Conselho Municipal da Mulher, Fórum Permanente de Luta pelos Direitos Humanos de Belo Horizonte, Grupo de Trabalho contra o Trabalho Infantil e o Movimento Tortura Nunca Mais (MG). Helena também foi uma das fundadoras do PT em Belo horizonte e mais uma das importantes e aguerridas mulheres a defender o papel feminino na política. Faz 79 anos que as mulheres conquistaram o direito ao voto, que lhes foi permitido em 24 de fevereiro de 1932, mas parcialmente, pois apenas mulheres casadas, com autorização do marido, ou viúvas e solteiras com renda própria podiam votar. O voto sem restrições para as mulheres só passou a ser obrigatório em 1946. Mas mesmo antes de 1932, o primeiro estado do Brasil a permitir o voto feminino foi o Rio Grande do Norte, em 1927 e a primeira mulher a se alistar para o voto foi uma professora, Celina Guimarães, de Mossoró (RN). A primeira mulher eleita no país também era do Rio Grande do Norte, Alzira Soriano, que foi prefeita de Lajes em 1928. Dai à Dilma Roussef, passaram-se 82 anos.
Helena e o Movimento Tortura Nunca Mais: http://www.torturanuncamais-rj.org.br/medalhaDetalhe.asp?CodMedalha=90

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ela batia em Sócrates

Há milhares de anos a fama da esposa do famoso filósofo Sócrates é tão famosa quanto. Xantipa era conhecia por seu temperamento forte, feroz e por atacá-lo fisicamente. Os amigos não entendiam o amor que Sócrates mantinha por aquela mulher mesmo sob tanta animosidade, e ele afirmava que era justamente aquilo que o fazia ter contato com a humanidade.  Nietzsche inventou uma tese que Xantipa foi fundamental para o desenvolvimento intelectual e sociológico de Sócrates porque o fez frequentar todos os lugares de conversação da época, menos sua casa. Talvez fosse por isso que Sócrates tenha dito a famosa frase: "De qualquer modo, case-se. Se você tiver uma boa mulher, será feliz. Se tiver uma mulher ruim, se tornará um filosofo." Confesso que quando li essa frase imaginei Sócrates um tanto quanto "reclamão", mas  quando soube que Xantipa pode ter sido a mãe de seus três filhos, ai entendi que sua impulsividade também devia servir para outros propósitos que mantiveram o

Eugênia Álvaro Moreyra - A primeira jornalista do Brasil

As mulheres jornalistas devem muito à Eugênia Moreyra. Num tempo em que "moças de boa família "não frequentavam redações de jornais", Eugênia foi não só reconhecida e admirada por sua inteligência como para ela foi criado o termo "reportisa", já que era incomum uma mulher jornalista. Eugênia é considerada a  primeira jornalista do pais. Ela trabalhou no jornal carioca   Última Hora , por volta de 1910,  quando veio de Minas, mais precisamente Juiz de Fora, onde nasceu. Ela e sua mãe, viúva rica filha de barões, vieram procurar emprego na cidade já que o patriarca da família havia morrido e pelas leis da época apenas os filhos homens podiam receber a herança. Após conseguir emprego no jornal também carioca "A Rua",  desapareceu da vida pública durante meses e trancou-se em um convento. Apesar de muitos acharem a ideia inconcebível, acabaram por descobrir que Eugênia só foi para o convento para investigar a história da irmã de uma mulher que havia sido

Porque furacões tem nome de mulher?

Sabe aquelas piadinhas que dizem que furacão tem nome de mulher porque mulher é inconstante e por onde passa arrasta tudo? Engraçado, mas pra quem não conheceu o Fabian, furacão que devastou as Bermudas em 2003. E a origem dos nomes dos furacões vem de muito antes dos meteorologistas. Antes, eram batizados com o nome do santo do dia que tocavam a terra. Alguns historiadores contam que o primeiro homem a dar nome de pessoas comuns aos furacões foi um australiano, que dava nome de políticos que ele detestava. Na verdade quem deu nome de mulheres foram meteorologistas militares americanos que homenageavam mães, amigas e namoradas. Jeito estranho de homenagear. Mas em 1979 foram oficialmente utilizados nomes  masculinos e hoje em dia quem escolhe os nomes é um comitê da Organização Meteorológica Mundial, que tem sede em Genebra. São feitas 6 listas de 21 nomes de A a W para a bacia do Atlântico e 6 listas de 23 nomes de A a Z para o Pacífico Norte Oriental, já que são divididos por regiões