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Mostrando postagens de 2015

A mulher que viveu a paixão com paixão

Uma das coisas mais marcantes que aprendi com esse blog é que é uma ingenuidade acreditar que podemos analisar pessoas. Ainda mais as pessoas admiráveis e notáveis. Elas podem, no máximo, serem descritas imperfeitamente já que sua grandeza real jamais será mensurável ou até mesmo plenamente compreensível. Louise Von Salomé é uma das personagens desta vida que mais admiro. Intelectual nascida em 1861, em São Petersburgo, na Rússia, sempre foi descrita por sua imensa paixão pela vida, inteligência, bom humor e poder de encantar e contagiar pessoas. Como muitas das mulheres notáveis, chocou a sociedade em sua época e recusou-se a viver de acordo com regras impostas pelos padrões morais vigentes. Um dos fatos que mais atrai a curiosidade para a história de Lou é o fato dela ter sido a grande paixão de Friedrich Nietzsche. Logo ele que considerava o amor uma fraqueza. Alguns relatos contam que ela foi pedida em casamento pelo filósofo e negou. Ainda relatam que antes de sua morte, a doen

A atriz que não queria ser idolatrada

Por estarmos tão distantes da era de ouro do cinema mudo, talvez seja incompreensível imaginar, nos tempos de hoje, uma atriz hollywoodiana que fosse avessa à exposição pública. Nos tempos das atrizes que ficam famosas por cenas de sexo espalhadas na internet, uma atriz como Greta Garbo seria massacrada e execrada pela mídia justamente por não produzir fatos que a expusessem além das telas de cinema e alcançassem milhares de visualizações que rendem milhões de dólares e movimentam um mercado. Greta Garbo, nascida em 1905 em Estocolmo, na Suécia, teve sua primeira participação em um filme no ano de 1922 e com isso conquistou sua bolsa de estudos para a escola de cênicas de Estocolmo. Em 1925, depois de uma atuação em um filme alemão, Garbo foi contratada pela MGM, a maior indústria cinematográfica dos EUA e se mudou para a Califórnia. Aconselhada a perder 9 quilos e produzida para se transformar na imagem da mulher fatal, Garbo se torna um sucesso inimaginável e uma das principais at

O ponto G das Anastasias casadas

Sei que não é  um assunto tão atual, mas precisei de tempo e muita pesquisa de campo para falar sobre a febre sexual do momento: o filme 50 tons de cinza. No início, do alto de uma arrogância machista, acreditei que aquele alarde todo não tinha a menor justificativa. Milhares e milhares de mulheres só falando deste livro, pareciam hipnotizadas, obcecadas pela leitura, amigas me pediam insistentemente para ler,  uma verdadeira histeria. Como na maioria das vezes, supus que seria mais um romance água com açúcar, nada diferente daqueles que gostava na adolescência e que, igual no vídeo game, eu já tinha passado dessa fase. Como na maioria das vezes, também, eu estava errada. Assisti ao filme, depois de conversar com muitas mulheres e homens e colher opiniões e, acreditem, o que pude concluir é que o lance do sexo e do sadomasoquismo é completamente secundário. Parece um raciocínio desconexo já que o apelo midiático está exatamente no fato dele gostar de dar uns tapas na Anastasia na ho