Imagine o que deve ser estudar na mesma sala que uma pessoa que "viu" a primeira guerra mundial. Isso é o que podem fazer os alunos que dividem algumas horas do dia com dona Maria Joviniana dos Santos, de 103 anos, que decidiu aprender a ler e escrever numa escola estadual da cidade de São Sebastião do Passé, na Bahia. Esses alunos, entre uma lição e outra, ouvem as histórias de dona Beduína, como é conhecida, que lembra, entre outros fatos, do jornal que estampava as cabeças de Lampião e Maria Bonita, publicado em 1938. Pra quem pensa como uma pessoa pode viver tanto tempo, talvez a receita venha das prioridades que dona Beduína elegeu pra sua vida. Ela conta que certa vez pensou em se dedicar à vida religiosa, uma irmandade, mas desistiu quando soube que não podia beber cachaça, fumar, comer carne e dormir com o marido. Como saber se alguma dessas coisas ou todas juntas, proporcionaram à centenária longos e dispostos anos. Mas o que se sabe, é que o estado da Bahia é o que tem o maior número de pessoas centenárias, 3.525.
As mulheres jornalistas devem muito à Eugênia Moreyra. Num tempo em que "moças de boa família "não frequentavam redações de jornais", Eugênia foi não só reconhecida e admirada por sua inteligência como para ela foi criado o termo "reportisa", já que era incomum uma mulher jornalista. Eugênia é considerada a primeira jornalista do pais. Ela trabalhou no jornal carioca Última Hora , por volta de 1910, quando veio de Minas, mais precisamente Juiz de Fora, onde nasceu. Ela e sua mãe, viúva rica filha de barões, vieram procurar emprego na cidade já que o patriarca da família havia morrido e pelas leis da época apenas os filhos homens podiam receber a herança. Após conseguir emprego no jornal também carioca "A Rua", desapareceu da vida pública durante meses e trancou-se em um convento. Apesar de muitos acharem a ideia inconcebível, acabaram por descobrir que Eugênia só foi para o convento para investigar a história da irmã de uma mulher que havia sido ...
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