Sabe quando você ganhava uma boneca na infância e via seu irmão, ou seus amigos, ganharem aqueles carrinhos "da hora" cheios de luzes e equipamentos? Você ficava pensando: Por que seus brinquedos tinham que ser os mais chatos? Pois é, se você achava que os meninos eram mais incentivados à rebeldia e liberdade que você, você estava certa! Muitas culturas mantiveram e mantém a ideia que a mulher precisa ser domesticada para preservar o desenvolvimento através da procriação. Uma mulher que não sente necessidade de ser mãe, não contribui com a manutenção da espécie humana, certo? Errado! A mulher tem o direito de escolher o que fazer com seu corpo e com sua vida e ter filho é uma escolha e não uma obrigação. No Brasil, algumas mulheres já demonstram essa consciência. De acordo com censo do IBGE 2010, 14% das mulheres declararam não ter necessidade de serem mães. No penúltimo censo, eram 10%. Em 50 anos a média de filhos por mulher caiu de 6,1 para 1,9. A pesquisa do IBGE também aponta que quanto mais instruída, mais tarde elas desejam engravidar. Para a psicanalista e escritora Regina Navarro, autora de onze livros sobre relacionamento amoroso e sexual (curto muito essa mulher), a pressão ideológica para que a mulher seja mãe é tanta, que muitas se convencem que querem ter filhos sem que tal desejo exista realmente. Pensemos então: 870 milhões de pessoas passam fome no mundo. A cada 12 minutos, uma criança morre de fome no planeta. A média de subnutridos é de 12,5% da população mundial. Será que ser mãe é realmente uma coisa divina que deve ser encarada como uma missão? Acredito que colocar outro ser humano no mundo deve ser um ato de extrema reflexão e abnegação. Todo desejo só deveria ser válido quando genuíno e não quando segue um padrão. O filho é um ser totalmente dependente da mãe, por mais que o pai seja presente. A mulher alcançou o direito de se classificar como uma pessoa que não deseja assumir esse nível de doação e mesmo assim ser um ser humano útil à sociedade. Que confirmem os milhares de atendidos por Madre Tereza de Calcutá, que não teve nenhum filho e uma vida dedicada aos que mais precisavam de mãe. "É fácil amar os que estão longe, mas nem sempre é fácil amar os que estão do nosso lado". Madre Teresa.
As mulheres jornalistas devem muito à Eugênia Moreyra. Num tempo em que "moças de boa família "não frequentavam redações de jornais", Eugênia foi não só reconhecida e admirada por sua inteligência como para ela foi criado o termo "reportisa", já que era incomum uma mulher jornalista. Eugênia é considerada a primeira jornalista do pais. Ela trabalhou no jornal carioca Última Hora , por volta de 1910, quando veio de Minas, mais precisamente Juiz de Fora, onde nasceu. Ela e sua mãe, viúva rica filha de barões, vieram procurar emprego na cidade já que o patriarca da família havia morrido e pelas leis da época apenas os filhos homens podiam receber a herança. Após conseguir emprego no jornal também carioca "A Rua", desapareceu da vida pública durante meses e trancou-se em um convento. Apesar de muitos acharem a ideia inconcebível, acabaram por descobrir que Eugênia só foi para o convento para investigar a história da irmã de uma mulher que havia sido ...
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