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Mulheres vítimas de abuso sexual são candidatas à problemas mentais

80% das violências sexuais acontecem dentro de casa
A marcha das vadias, que nasceu para protestar contra o preconceito às mulheres e a violência sexual, teve sua versão ontem em Paris, na França. Ao longo dos anos mulheres de vários países saem às ruas desde que um policial canadense fez palestra numa escola secundária dizendo que as meninas que não quisessem ser violentadas não deviam se vestir como vadias. No Brasil a marcha aconteceu este ano mas teve uma tímida participação. Uma triste realidade já que o número de mulheres vítimas de violência no país está longe de diminuir e em algumas regiões, tem crescido. Tem crescido também o número de adolescentes e crianças violentadas e o número de casos onde as mães tem conhecimento do fato mas se calam. E ainda pior que o silêncio das mães é a impunidade. Só na Bahia, estado que mais registra denúncias de violência sexual, de 2008 a 2011 foram registradas 5.757 denúncias e destas, 479 foram apuradas e 56 tiveram o processo finalizado. E os problemas do abuso não param por ai. Numa matéria publicada recentemente pela revista Exame, cientistas apontam que mulheres vítimas de estupro ou outros tipos de violência sexual sofrem mais com enfermidades mentais e tem propensão maior ao suicídio. No estudo, os cientistas classificam 4 tipos de violência: a violência conjugal, o estupro, violências sexuais variadas e o assédio. Para os cientistas, 69% das mulheres que sofreram 2 tipos das violências classificadas tem problemas mentais ao longo da vida. Se a mulher sofrer 3 tipos das violências classificadas, o número sobe para 89%. A cada 15 segundos, uma mulher sofre algum tipo de violência sexual no Brasil.

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