Apesar de não ser figura conhecida da história revolucionária da América do Sul, Monika Ertl teve papel fundamental, se não na história, pelo menos no desfecho da história do maior líder revolucionário que nosso continente já conheceu. Ironicamente filha de alemães, tendo no pai um fotógrafo do Reich, Monika veio para a Bolivia com a familia após o fim da segunda guerra mundial. Lá conheceu os ideais revolucionários e a fama de Ernesto Guevara. Após a morte do líder libertador, Monika se alistou no Exército da Libertação Nacional (ELN) e, apesar de haver contradições, relatos contam que, após viajar mais de 20 mil quilômetros entre as Cordilheiras dos Andes e o litoral da Alemanha, foi ela quem deu 3 tiros na "fuça" de Roberto Quintanilha Pereira, agente da policia boliviana que mandou amputar a mão de CHE Guevara para entregá-las a CIA, após ele ser capturado pela polícia política da Bolívia. Como tenho tentado mostrar aqui, a história está recheada de mulheres notáveis e improváveis, que foram e são parte importante da existência humana. De Monika revolucionária e idealista a qualquer outra mulher do mundo, que faz da vida uma busca constante da satisfação pessoal, as guerras travadas são indispensáveis, seja com o mundo, seja conosco. Mas é importante sabermos que algumas guerras começam perdidas, outras merecem estratégias, sem ingenuidade e com mais determinação. Não saberemos se no fim seremos vitoriosas, mas nos privar da luta não evitará as perdas, porque a morte, inevitável, é a maior de todas as perdas. Então não se prive das glórias da batalha que só podem ser aproveitadas em vida. Viva!!
As mulheres jornalistas devem muito à Eugênia Moreyra. Num tempo em que "moças de boa família "não frequentavam redações de jornais", Eugênia foi não só reconhecida e admirada por sua inteligência como para ela foi criado o termo "reportisa", já que era incomum uma mulher jornalista. Eugênia é considerada a primeira jornalista do pais. Ela trabalhou no jornal carioca Última Hora , por volta de 1910, quando veio de Minas, mais precisamente Juiz de Fora, onde nasceu. Ela e sua mãe, viúva rica filha de barões, vieram procurar emprego na cidade já que o patriarca da família havia morrido e pelas leis da época apenas os filhos homens podiam receber a herança. Após conseguir emprego no jornal também carioca "A Rua", desapareceu da vida pública durante meses e trancou-se em um convento. Apesar de muitos acharem a ideia inconcebível, acabaram por descobrir que Eugênia só foi para o convento para investigar a história da irmã de uma mulher que havia sido ...
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