Outro dia fui ao casamento de uma amiga. Lá, tive a oportuniade de ouvir um sermão, que não me lembro se é uma passagem de São Lucas; e me perdoem a imprecisão mas de bíblia e igreja eu entendo tanto quanto de física quântica; mas me considero uma boa ouvinte e não pude me furtar a reflexão após ter ouvido o padre proferir a tal passagem:"O homem é a cabeça. A mulher deve respeitar o homem e o homem deve amar a mulher". Posso estar enganada, mas naquela igreja lotada, acho que a maioria das mulheres não concordam muito com tal passagem. Mas o que me intriga não é não concordarem, é o porque elas FINGEM que concordam. No trecho da entrevita que postei acima, mulheres dinamarquesas dizem viver bem sem acreditarem em DEUS, sem ter religião ou crença pós morte. Na minha opinião, o ponto central que lhes garante esta convicção, além do intelecto, é a segurança que o governo do país lhes proporciona. A religião está cada vez mais presente em países subdesenvolvidos e nas colonizações foi fator determinante para destruição cultural dos povos nativos. Ela sempre funcionou como um chicote e não como libertadora como prega. E as mais açoitadas pela religião sempre foram as mulheres. A elas foram imputadas leis severas, preconceitos monstruosos, intenções "satânicas". E mesmo com tanta impiedade, as mulheres se tornaram escravas de seus carrascos e permitiram sua "doutrinação". Tentando ser menos dura em meus julgamentos, hoje penso que uma mãe que vê seus filhos passarem fome ou doentes em um leito de hospital, tenha mesmo motivos para crer numa força sobrenatural que foge a seu controle. Mas contextualizando a influência do governo e esse pensamento, não posso deixar de acreditar que um pais desenvolvido, que garante a todos direitos fundamentais como comida, saúde e educação, garante também que estas pessoas dependam cada vez menos do sobrenatural para resolver seus problemas. Problemas reais deveriam ser encarados com soluções reais. As dinamarquesas apontam que tem problemas com trabalho sim, que se casam sim, mas os dois atos são realizados por prazer, e não por obrigação ou necessidade financeira. Nessa interpretação eu hoje não sei quem seria mais carrasco, "DEUS" ou o governo. Qual dos dois mantem as pessoas mais alienadas e escravas? Qual dos dois faz com que as mulheres percam cada dia mais o prazer de serem verdadeiramente livres?
As mulheres jornalistas devem muito à Eugênia Moreyra. Num tempo em que "moças de boa família "não frequentavam redações de jornais", Eugênia foi não só reconhecida e admirada por sua inteligência como para ela foi criado o termo "reportisa", já que era incomum uma mulher jornalista. Eugênia é considerada a primeira jornalista do pais. Ela trabalhou no jornal carioca Última Hora , por volta de 1910, quando veio de Minas, mais precisamente Juiz de Fora, onde nasceu. Ela e sua mãe, viúva rica filha de barões, vieram procurar emprego na cidade já que o patriarca da família havia morrido e pelas leis da época apenas os filhos homens podiam receber a herança. Após conseguir emprego no jornal também carioca "A Rua", desapareceu da vida pública durante meses e trancou-se em um convento. Apesar de muitos acharem a ideia inconcebível, acabaram por descobrir que Eugênia só foi para o convento para investigar a história da irmã de uma mulher que havia sido ...
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