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Porque furacões tem nome de mulher?

Sabe aquelas piadinhas que dizem que furacão tem nome de mulher porque mulher é inconstante e por onde passa arrasta tudo? Engraçado, mas pra quem não conheceu o Fabian, furacão que devastou as Bermudas em 2003. E a origem dos nomes dos furacões vem de muito antes dos meteorologistas. Antes, eram batizados com o nome do santo do dia que tocavam a terra. Alguns historiadores contam que o primeiro homem a dar nome de pessoas comuns aos furacões foi um australiano, que dava nome de políticos que ele detestava. Na verdade quem deu nome de mulheres foram meteorologistas militares americanos que homenageavam mães, amigas e namoradas. Jeito estranho de homenagear. Mas em 1979 foram oficialmente utilizados nomes  masculinos e hoje em dia quem escolhe os nomes é um comitê da Organização Meteorológica Mundial, que tem sede em Genebra. São feitas 6 listas de 21 nomes de A a W para a bacia do Atlântico e 6 listas de 23 nomes de A a Z para o Pacífico Norte Oriental, já que são divididos por regiões. Se a quantidade de furacões for superior aos números, a identificação continua utilizando letras do alfabeto grego. As listas também são rotativas. As utilizadas em 2005 voltam a ser utilizadas em 2011, a não ser que eles sejam devastadores como o Fabian, daí existe a chance do nome ser banido. O Fabian teve 97 km de extensão a partir do olho e chegou a registrar velocidade de 225 km por hora. E como homens e mulheres continuam competindo em muitas coisas, no mundo dos fenômenos naturais não seria diferente. Dividindo o primeiro lugar dos gigantes furacões do atlântico estão Allen e Camille, que chegaram à categoria 5 com ventos de 350 km por hora. Para se ter uma noção da força dos ventos, no filme Mar em Fúria, que contou a história verídica do furacão Grace, baseado no livro do jornalista americano Sebastian Junger, as ondas não chegaram a 30 metros, como mostrou o filme e os ventos tiveram velocidade de 250 km por hora, num encontro raríssimo de 3 tempestades. Agora imagine o que é a força de um tsunami que pode ter ondas com velocidade de 720 km por hora e 50 metros de altura. Em 1883 a explosão do vulcão Krakatoa produziu ondas dessa magnitude que arrasaram as ilhas de Java e Sumatra.

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