O anúncio do casamento da cantora Daniela Mercury com a jornalista Malu Verçosa, a princípio, me pareceu mais uma estratégia de marketing. Uma semana depois do comentário desastroso da também cantora Joelma, da banda Claypso, que comparou um homossexual a um dependente químico, a atitude de Daniela me pareceu um tanto quanto marqueteira para dar ainda mais visibilidade à carreira. Mas, pensando melhor sobre o que uma imagem pode representar e analisando as matérias a respeito, percebi que Daniela deu força a um grupo de mulheres que se sentem intimidadas em assumir suas relações homo-afetivas. Uma matéria publicada no jornal Estado de Minas mostra que várias lésbicas se sentiram representadas, mas o fato é: não se sentiram encorajadas. Elas dizem que ainda se sentem acuadas e com medo de demonstrações públicas de afeto, graças ao preconceito que ainda impera em nossa sociedade. Não tiro a razão pois, se analisarmos o caso do deputado federal Jean Wyllis, do (PSOL),ávido defensor dos direitos GLBT, a situação é realmente para temer. Depois de ter encabeçado uma manifestação contra a eleição do pastor Marco Feliciano (PSC e também ávido defensor dos direitos da família contra o direito dos homossexuais) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, o deputado Jean teve triplicado o número de ameças recebidas. Em uma entrevista ao canal GNT esta semana, o deputado contou que a Polícia Federal desmontou um plano de assassiná-lo. De acordo com a polícia, dois jovens arquitetaram um plano de assassinar Jean em um evento que aconteceria na UNB - Universidade Federal de Brasília. Como podemos ver, para quem acha que as acaloradas discussões a respeito da liberdade sexual não incitam a violência, ledo engano. Elas incitam sim, contra ambos os lados. O Pastor Marco Feliciano também relatou recentemente que tem recebido ameaças e que alguns manifestantes da causa GLBT seria os autores de tais. A discussão é extremamente importante neste momento que considero um divisor de águas na história da política nacional, já que os direitos de homossexuais estampam os debates mais acalorados do momento, o que faz com que muita gente tenha que mostrar a cara para dar suas opiniões. E mostrar a cara é coisa de redes sociais que chegaram com força total para fazer com que o cidadão não esconda mais suas opiniões. O espaço no debate politico social tomada por estas redes tem crescido assustadoramente e mudado o jeito de fazer e discutir política. Mas temos que ter em mente que tudo deve ficar no campo do humano, ou seja, no limite do debate intelectual de opiniões e não na irracional mania de nos comportarmos como pit bulls e sair mordendo (sem amor) todos os que tem opiniões contrárias.
As mulheres jornalistas devem muito à Eugênia Moreyra. Num tempo em que "moças de boa família "não frequentavam redações de jornais", Eugênia foi não só reconhecida e admirada por sua inteligência como para ela foi criado o termo "reportisa", já que era incomum uma mulher jornalista. Eugênia é considerada a primeira jornalista do pais. Ela trabalhou no jornal carioca Última Hora , por volta de 1910, quando veio de Minas, mais precisamente Juiz de Fora, onde nasceu. Ela e sua mãe, viúva rica filha de barões, vieram procurar emprego na cidade já que o patriarca da família havia morrido e pelas leis da época apenas os filhos homens podiam receber a herança. Após conseguir emprego no jornal também carioca "A Rua", desapareceu da vida pública durante meses e trancou-se em um convento. Apesar de muitos acharem a ideia inconcebível, acabaram por descobrir que Eugênia só foi para o convento para investigar a história da irmã de uma mulher que havia sido ...
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