Existem mulheres surpreendentes que mudam suas vidas, mas existem mulheres extraordinárias que mudam a vida de toda uma comunidade. A "Noivas do Cordeiro" é uma comunidade formada em sua maioria por mulheres que, depois de questionarem a bíblia e as leis impostas pela igreja, resolveram abandonar a religião e criar uma comunidade onde todos continuam acreditando apenas em Deus, sem precisar de um rótulo imposto pela segmentação das crenças. A comunidade fica em Belo Vale, no interior de Minas Gerais, e já tem mais de 100 anos. Por terem abandonado a religião e optado por uma vida livre, aceitando, por exemplo, que casais se unissem sem uma celebração formal, as mulheres sofreram forte preconceito sendo privadas de todo tipo de atendimento, inclusive o atendimento no comércio local. Vários estabelecimentos se negavam a vender para as pessoas que moravam na comunidade. A matriarca diz que por muitos anos foram chamadas de prostitutas e tinham sua segurança comprometida. Não se contentando em privar a comunidade de seus direitos, os habitantes das cidades vizinhas também proibiram as escolas de aceitarem meninas da comunidade. Muitas são analfabetas, mas as que, com muito sofrimento, conseguiram superar o preconceito, buscaram a formação escolar em outras escolas e hoje tem uma sala de aula na comunidade para ensinar mulheres mais velhas. Privadas da compra dos alimentos, começaram a plantar o que comem e a criar animais tornando-se quase que auto-suficientes. Se você curtiu estas poucas informações sobre a comunidade, confira aí o documentário de Alfredo Alves que mostra detalhes da vida e dos questionamentos destas mulheres ousadas e surpreendentes. Vale muito a pena!
As mulheres jornalistas devem muito à Eugênia Moreyra. Num tempo em que "moças de boa família "não frequentavam redações de jornais", Eugênia foi não só reconhecida e admirada por sua inteligência como para ela foi criado o termo "reportisa", já que era incomum uma mulher jornalista. Eugênia é considerada a primeira jornalista do pais. Ela trabalhou no jornal carioca Última Hora , por volta de 1910, quando veio de Minas, mais precisamente Juiz de Fora, onde nasceu. Ela e sua mãe, viúva rica filha de barões, vieram procurar emprego na cidade já que o patriarca da família havia morrido e pelas leis da época apenas os filhos homens podiam receber a herança. Após conseguir emprego no jornal também carioca "A Rua", desapareceu da vida pública durante meses e trancou-se em um convento. Apesar de muitos acharem a ideia inconcebível, acabaram por descobrir que Eugênia só foi para o convento para investigar a história da irmã de uma mulher que havia sido ...
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