Rosinete Serrão - Presidente da Associação |
Parece coisa de filme de índios que a gente assistia nos anos 80. Pelo menos é de quando eu me lembro ter ouvido pela primeira vez a palavra "escalpelamento". Mas ela está mais viva do que nunca para centenas de mulheres que passaram pelo sentido real da palavra. Essas mulheres vivem, na maioria, no Norte do país. São mulheres que vivem da pesca e que em um momento de distração acabam por enroscar os cabelos na hélice do motor do barco. Os cabelos são veloz e bruscamente arrancados e muitas não conseguem nem descrever a dor, já que chegam a desmaiar no momento. O acidente é muito mais frequente do que pode se imaginar. De acordo com uma Associação, criada especificamente para garantir direitos de mulheres vítimas deste trauma, de 2003 a 2008 foram aproximadamente 250 casos. Os números não são oficiais, mas dão uma dimensão do quão corriqueiro é este tipo de acidente no Brasil. Uma grande vitória das mulheres ribeirinhas, depois da criação da Associação, foi a inclusão das vítimas de escalpelamento no atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Neste tipo de acidente, quando o couro cabeludo é arrancado, o cabelo nunca mais nasce e para minimizar o problema, entre os serviços da Associação de Mulheres Ribeirinhas Vítimas de Escalpelamento da Amazônia, está uma oficina de confecção de perucas e atendimento psicológico, para tentar restabelecer não só as perdas físicas como emocionais das mulheres.
Eu ja tinha visto uma reportagem sobre isso e realmente parece algo de filme de indio né ... mas é bem real e triste para essas mulheres ! to adorando seu blog ... bjs
ResponderExcluirwww.adoro-pin-up.blogspot.com
Oi, Dani! Muito obrigado pelos comentários. Espero que curta sempre as postagens. Bjs.
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