Vera França é uma das pioneiras em uma profissão considerada no mínimo incomum nos dias de hoje, quanto mais há 50 anos, quando ela começou. Vera é modelo e posa nua para artistas. Ela diz que desde pequena adora ficar sem roupas e que descobriu o que queria fazer da vida aos 13 anos, quando viu a foto de uma mulher nua, em cima de uma pedra. Dai por diante a pernambucana trilhou seu caminho até chegar à escola de Belas Artes de São Paulo, ganhando entre R$ 80 e R$ 100 por hora pelo trabalho. Ela se orgulha em dizer que sustentou suas duas filhas com seu trabalho. Vera, que na verdade se chama Maria das Dores França, nunca se casou, pois diz que qualquer marido teria ciúme de seu trabalho e ela nunca cogitou abandonar a profissão. Feliz em meio a artistas, Vera diz só parar de posar nua quando morrer. Ontem, dia 16, ela foi entrevistada por Jô Soares. Não posso deixar de citar que foi uma das piores entrevistas que vi dele. Coisa muito comum já que, nos últimos anos, os personagens realmente interessantes que passam pela poltrona do entrevistador, são anulados, quase apagados, em meio a perguntas vazias e fúteis. Uma pena, já que Vera renderia uma lição de vida na noite de ontem e me senti meio desprezada como telespectadora que estava ansiosa por saber o que esta mulher, verdadeiramente desbravadora, teria pra contar. Fica ai a entrevista pra quem não viu e a homenagem à Vera, que merecia um entrevistador melhor, já que a vida é inigualavelmente interessante para ser contada.
As mulheres jornalistas devem muito à Eugênia Moreyra. Num tempo em que "moças de boa família "não frequentavam redações de jornais", Eugênia foi não só reconhecida e admirada por sua inteligência como para ela foi criado o termo "reportisa", já que era incomum uma mulher jornalista. Eugênia é considerada a primeira jornalista do pais. Ela trabalhou no jornal carioca Última Hora , por volta de 1910, quando veio de Minas, mais precisamente Juiz de Fora, onde nasceu. Ela e sua mãe, viúva rica filha de barões, vieram procurar emprego na cidade já que o patriarca da família havia morrido e pelas leis da época apenas os filhos homens podiam receber a herança. Após conseguir emprego no jornal também carioca "A Rua", desapareceu da vida pública durante meses e trancou-se em um convento. Apesar de muitos acharem a ideia inconcebível, acabaram por descobrir que Eugênia só foi para o convento para investigar a história da irmã de uma mulher que havia sido ...
adorei as fotos mulher guerreira voce conbinar comigo adoraria desenhar voce.
ResponderExcluirCadê os posts??? Cabou??
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